ACAPES realiza até sexta-feira, 23 de maio, a quarta edição do Encontro Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor) com 200 participantes de todo o Brasil. O evento em Brasília, que celebra os 16 anos desta ação, reúne coordenadores institucionais do programa e representantes de Instituições de Ensino Superior (IES), de secretarias municipais e estaduais de Educação e do Ministério da Educação (MEC), e parceiros que colaboram com a iniciativa.
Criado em 2009, o Parfor tem como objetivo formar professores da educação básica que já atuam nas redes públicas, mas não possuem formação acadêmica específica em suas disciplinas. Ao longo de sua história, o programa tem contribuído para transformar a realidade de educadores e de alunos em todo o Brasil. Atualmente, o Parfor conta com 17,4 mil matriculados em 138 instituições e já formou 65 mil professores.
O evento que começou na quarta-feira, 21 de maio, tem como finalidade discutir desafios e caminhos futuros, compartilhar experiências e construir, em diálogo, propostas para o aprimoramento do programa. “É uma grande satisfação para a CAPES realizar esse encontro nacional, uma iniciativa fundamental para consolidar as políticas de formação docente no Brasil”, disse a presidente da Fundação, Denise Pires de Carvalho.
“O Parfor se tornou referência na valorização da profissão docente e na ampliação do acesso à formação superior de qualidade, especialmente em territórios historicamente negligenciados. São milhares de histórias de transformação individual e coletiva que emergem a partir dessa política pública”, reforçou a presidente.
A diretora de Formação de Professores da Educação Básica, Marcia Serra Ferreira, destacou o encontro como um momento estratégico para discutir e fortalecer o Parfor como uma iniciava essencial para garantir a adequação da formação docente com qualidade e equidade em todo o país. “É um momento de debater caminhos que tornem o programa ainda mais estratégico, eficaz e conectado às reais necessidades da educação básica, especialmente nos territórios que mais precisam dessa adequação da formação dos professores”, disse a diretora.
Na abertura do evento, a diretora também ressaltou a relevância do Parfor Equidade como uma estratégia de sucesso do Programa, “Essa iniciativa mostrou o poder de indução da CAPES. Quando diagnosticamos corretamente e vamos na direção certa, evidenciamos o quanto podemos colaborar efetivamente na construção do país por meio da melhoria da formação de professores”. O objetivo do Parfor Equidade é formar professores em licenciaturas específicas e pedagogos para atender redes públicas e comunitárias que têm educação escolar indígena, quilombola e do campo, educação especial inclusiva e educação bilíngue para surdos.
Participantes destacam relevância do Parfor
Em mensagem enviada ao evento, a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Katia Schweickardt, reafirmou o compromisso do governo com a promoção da equidade na formação de professores, com o reconhecimento do protagonismo desses profissionais na qualidade da educação pública e com a valorização do docente. O secretário substituto de educação continuada, Alfabetização de jovens e adultos, diversidade e inclusão do Ministério da Educação, Cleber Santos Vieira, destacou o quanto o Parfor Equidade induziu a formação de professores em certas áreas, dando o exemplo da Licenciatura Escolar Quilombola, que irá formar o maior número de professores na história do país. Também do MEC, participou a coordenadora-geral de Planejamento e Avaliação da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, Sandra Grutzmacher.
A representante Associação Nacional das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), reitora da Universidade Federais do Triângulo Mineiro (UFTM), Marinalva Barbosa, disse que o Parfor é uma política de sucesso e ressaltou que as IES públicas ocupam um espaço fundamental na formação, geração de conhecimento e diálogo com a educação básica.
Sonia Souza, representante da Associação Brasileira das instituições comunitárias de educação superior (Abruc), defendeu que haja mais bolsas e articulações das IES com os governos locais. A professora ressaltou o quanto a Abruc tem contribuído com a formação de professores por meio do Parfor, assegurando uma maior interiorização, diversidade e equidade.
Maria Rosinete de Oliveira Souza, secretária municipal de Educação de Miguel Alves (PI), contou que o município se beneficiou muito com o Parfor. “O programa veio para qualificar nossos professores e assegurar a qualidade do ensino para que os alunos tenham sucesso no aprendizado”.
Durante o encontro, foram debatidas propostas para o aprimoramento do Programa e a elaboração de um próximo edital. Ao longo dos três dias de discussões, serão abordados temas como o regime de colaboração entre entes federados e instituições formadoras, além da articulação entre demanda e oferta qualificada de formação.
Com informações da CGCOM/CAPES.