Tardes Autorais refletiu sobre temas sociais com o lançamento de livros

Na segunda-feira, o professor Mauricio Ferreira da Silva (UFRB) conversou com o público sobre o seu livro “Comunicação e autoritarismo no Brasil: A política de comunicação do regime militar”. Terça foi a vez do doutor em Cinema, Estética do Audiovisual e Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP) e professor adjunto na Faculdade de Comunicação (FACOM) da UFBA, o costa-marfinense Mahomed Bamba, com o seu livro “Filmes da África e da Diáspora”. Quarta-feira, o doutor em antropologia pela Universidade de Amsterdã, na Holanda, e professor da pós-graduação em Antropologia da UFBA, Livio Sansone, apresentou o livro “Memórias da África: patrimônios, museus e políticas das identidades”. Ângela Figueiredo, professora do curso de Ciências Sociais da UFRB, foi a convidada da quinta-feira, com o livro “Classe média negra: trajetórias e perfis”.

O último dia das Tardes Autorais trouxe a professora e diretora do CAHL, Georgina Gonçalves, apresentando para o público o resultado da sua pesquisa no Observatório Estudantil, com o livro “Observatório estudantil: estudos sobre a vida e cultura universitárias”. Georgina defendeu o projeto e afirmou que a faculdade precisa tentar produzir mais eventos “menos acadêmicos”, aproveitando os “espaços além auditório” que possui, garantindo assim um espaço mais fluido de convivência. “Esse evento além de tudo, estabelece um maior contato entre os professores da UFBA e da UFRB”, afirma Georgina. Além da professora, os alunos do CAHL, Camillo César Alvarenga, Crispim Quirino, Ezequias Amorim Oliveira, Felipe Ricarte Barbosa, Fred Igor Santiago, Giselli F. de Oliveira e Jurandir da Cruz Rita lançaram o seu livro de poesias, Canoas do Paraguaçú.  O aluno Camillo César Alvarenga lançou também o seu livro Scombros.

“Acredito que o evento pode não ter tido muita quantidade, mas teve muita qualidade de público. Essas temáticas devem sim ocorrer com mais frequência na academia, mas quem tanto fala de movimentos e questões raciais, por exemplo, não estava aqui participando”, analisa a aluna Cátia Lima, que participou do evento todos os dias e diz ter visto muita discussão interessante para a Universidade.

Para o professor Osmundo Pinho, organizador do evento, os temas tratados são estruturantes da reflexão em ciências sociais no Brasil já há décadas, mostrando que o CAHL está antenado com o que se discute no país inteiro. “São temas que possuem grande relevância social, além de relevância acadêmica.” O professor destaca ainda a importância do contato dos alunos com os autores.  “É importante perceber que os autores são pessoas, e que produzir um livro significa trabalhar, estudar, então acho que desmistifica um pouco a ideia do autor como um ser inatingível, e do trabalho intelectual como um trabalho etéreo”.

Discentes do CAHL que participaram do evento (Foto: Roquinaldo Freitas)

Assessoria de Comunicação do CAHL – ASCOM-CAHL

Professoras orientadoras: Rachel Neuberger, Hérica Lene e Jussara Maia

Técnica-administrativa: Lélia Sampaio

Estudantes de jornalismo: Cíntia Pina, Fabiana Dias, Mariana Priscila Souza, Marizângela Sá