Encontro promove discussão de questões étnico-raciais e de educação

O encontro “Educação e Negritude” realizado no auditório do Hansen na sexta-feira (30) buscou discutir a formação acadêmica levando em consideração a relação da educação com as questões étnico-raciais e as conexões com os saberes da comunidade. Logo na abertura do evento, as discussões giraram em torno da lei de cotas e das políticas de permanência.

Para a Pró-Reitora de Graduação da UFRB, Susana Pimentel, é preciso pensar a permanência além das bolsas que são oferecidas aos estudantes. Ela ressaltou que as comunidades socialmente excluídas devem ser incluídas, mas deve ser uma inclusão de qualidade que garanta a redução da evasão. Ou seja, não basta se preocupar com o acesso, esta política de inclusão deve estar comprometida também com a permanência.

O professor de História do CAHL e membro do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB), Juvenal Carvalho, disse que o problema reside justamente na permanência. Na concepção dele, para garantir uma permanência de qualidade é preciso que a universidade proporcione ao aluno possibilidades de resolver as demandas que ele não consegue resolver isoladamente. O professor acredita que é preciso investir na pesquisa, no ensino e na extensão, de modo que o estudante possa iniciar pesquisas ainda na graduação. Para Juvenal, o papel da universidade não é só fazer com que o aluno se forme, mas contribuir para ele tenha uma formação de qualidade.

Para além das políticas públicas e institucionais de acesso e permanência na universidade, o coordenador do PET-Programa de Educação Tutorial – Conexão de saberes, Cláudio Orlando do Nascimento afirmou que é preciso atuar de forma crítica na questão da democratização do conhecimento na educação superior. Cláudio disse que a universidade é o espaço da diversidade, cada vez mais frequentado por estudantes de origem popular, de diferentes pertencimentos étnico-raciais. Por isso, ele salienta que as experiências e as narrativas sociais, culturais e políticas desses grupos devem ser pensadas como conhecimento formativo e estar inseridas nos currículos da universidade.

O encontro contou também com a participação da professora Rita Dias, do coordenador do NEAB, professor Antônio Liberac, da professora Rosy de Oliveira, da gestora no CAHL da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE), professora Marta Queiroz, de alunos integrantes do PET Conexão de Saberes, e de discentes do NEAB.

Pesquisadores discutem as políticas de permanência na universidade

A discussão reuniu docentes e discentes na Fundação Hansen, dia 30

Expediente:

Assessoria de Comunicação do CAHL – ASCOM-CAHL

Professoras orientadoras: Rachel Neuberger, Hérica Lene e Jussara Maia

Técnica-administrativa: Lélia Sampaio

Estudantes de jornalismo: Cíntia Pina, Fabiana Dias, Mariana Priscila Souza, Bárbara Rocha

e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.