Projeto usa música para refletir sobre história, cultura e afetos
As voltas que o vinil dá reúne mensalmente professores, estudantes e a comunidade de Cachoeira em um espaço de diálogo, com reflexão e interação social e afetiva, a partir
da relação entre cultura, história e música. Este é o objetivo do projeto de extensão em que o responsável pela edição toca 8 a 10 faixas de vinis, enquanto comenta, a partir de um olhar específico, como constitui a sua trajetória de vida através da música. A ideia não é realizar uma apresentação científica, mas fazer emergir a relação de afeto
historicizada com a música e com o vinil, que opera também como espaço para fomentar o encontro social, para um bate-papo. Coordenado pelo professor do curso de
História, Sérgio Guerra, e pela produtora Márcia Schlapp, o projeto realiza apresentações sempre na primeira ou segunda quarta-feira do mês.
Nas edições anteriores os temas foram ‘O Trio Elétrico Antes do Axé’, que foi comandado pelo coordenador do projeto, em seguida o diretor do Cahl, professor Jorge
Cardoso, conduziu a edição sobre ‘Performance na Música Eletrônica Dançante’ e o músico e escultor Eloy Cheidearte liderou as voltas do vinil com ‘Um Passeio pela
Música Afro Americana’, em maio. Neste mês, a professora Cláudia Vasconcellos dirigiu As voltas que o vinil dá, com o tema ‘Os Gonzagas de Exu, (des)encontros de
Brasis’, sobre a trajetória da vida e arte de Gonzaguinha e Gonzagão na relação com processos históricos do país. As apresentações acontecem sempre no Dom Pepe, uma
taberna e restaurante, em Cachoeira, a partir das 18h, com entrada gratuita.
O projeto já está com a programação pronta para o segundo semestre com temas como ‘Música de capoeira’, ‘Compositores brasileiros’ e ‘A mulher na música brega’. A
proposta de As voltas que o vinil dá é abordar assuntos diversos, para discutir questões que envolvem toda a sociedade, como as relações éticas e raciais de gênero, de cultura, do carnaval à dança, assim como a relação da música com a política e a história. “Tem sido muito bom, o público tem crescido, as pessoas tem identificado nas
apresentações muitas questões que fazem repensar a própria trajetória, a sua relação com a música. O vinil tem essa característica, de fazer as pessoas rememorarem um
passado”, avalia Sérgio Guerra.
Ascom CAHL – Projeto de Extensão
Equipe: Beatriz Victoria, Crislane Nunes, Geise Ribeiro, Girlane Silva, Janaildes
Brito, Tallita Lopes