Quem abriu a mesa de debate foi Flávio Krauss Guaraná, que é artista plástico por formação e atualmente trabalha com vários ramos da fotografia. Ele contou suas experiências como fotógrafo e revelou as possiblidades, condições e dilemas da profissão. Ele contou que, no Brasil, a maioria dos fotojornalistas são freelancers (trabalho autônomo) e o fotógrafo pode atuar em diversos segmentos da profissão, como fotografia de eventos, publicitária, pericial, de casamento.

 

Guaraná fez questão de ressaltar dois pontos principais da profissão: a ética e a segurança. Como toda profissão relacionada à informação, o fotojornalista deve estar atendo às leis que permeiam sua prática ética; deve conhecê-las e agir com responsabilidade. “A fotografia é antes, durante e depois da captura”, afirmou.

 

Outra questão é a segurança profissional que deve vir em primeiro lugar e é um direito a ser exigido em coberturas que ofereçam riscos ao fotógrafo. Guaraná finalizou ressaltando a importância de se estar consciente das dificuldades encontradas pelo fotojornalismo no país e o posicionamento responsável que se deve ter frente a elas.

 

Renata Cerqueira, que trabalha em agência de comunicação e estratégia digital, revelou alguns aspectos curiosos sobre a prática comunicacional na internet. De acordo com ela, o uso das redes sociais como diálogo entre uma marca e seu público vai muito além de produzir conteúdo; a palavra-chave na comunicação virtual é a relevância, frente à ampla competição de assuntos na internet. É importante pra quem trabalha nesta área fazer o seu conteúdo ter destaque/visibilidade entre a infinidade de temas na internet.

 

“A comunicação tem o grande desafio de estabelecer um laço com as pessoas cuja atenção está tão pulverizada nos dias de hoje”, afirmou ela, referindo-se à multiplicidade de meios de informação ao alcance das pessoas atualmente – outra particularidade que a comunicação encontra no século XXI.

 

Quem trabalha com mídias sociais precisa manter-se sempre atento às diretrizes de atuação e as especificidades técnicas que o meio exige. Segundo Renata, tanto estudantes da área quanto os profissionais já atuantes devem manter-se em busca da capacitação, pois esse mercado exige uma atualização muito constante e veloz.

 

O Seminário foi realizado pelo colegiado do curso de Jornalismo nos dias 27 e 28 de janeiro, com a participação de profissionais de comunicação baianos que

contaram suas experiências no mercado de trabalho.

 

Flávio Krauss Guaraná e Renata Cerqueira

 

Repórter: Tarcila Santana

Fotógrafa: Thainá Deyube