Ao completar 20 anos de existência, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) alcança a marca de 16 mil egressos, consolidando-se como uma das principais instituições de ensino superior do interior do estado. Desde sua criação, em 2005, a presença da UFRB no território baiano tem promovido transformações significativas na vida das pessoas e nas cidades que a abraçam. Hoje, presente em sete municípios, com seis campi em funcionamento, a universidade mostra o impacto da expansão do ensino superior no país e firma seu nome como referência em educação pública e de qualidade.
Com mais de 50 cursos de graduação e mais de 30 programas de pós-graduação, o número de 16 mil egressos - sendo mais de 3 mil apenas na pós-graduação - reflete seu compromisso com a tríade Ensino, Pesquisa e Extensão como base do projeto institucional que orientou sua criação. Como avalia a pró-reitora de Graduação, Carolina Fialho, o surgimento da UFRB representa uma das políticas públicas mais importantes implementadas no país nas últimas duas décadas, marcada pela relação intrínseca com o território, pela integração com as comunidades locais e pela valorização das políticas afirmativas e de inclusão.
Para a pró-reitora, a chegada da universidade no Recôncavo marca o início de uma relação de troca, pertencimento e reparação com o território. Ela aponta que, desde então, a UFRB tem modificado a realidade da região, com impacto direto na economia e na dinâmica da vida urbana e rural. “Estamos falando de um cenário em que 92% dos estudantes de graduação são oriundos da Bahia e 73% vêm da escola pública. O investimento na interiorização do ensino superior público possibilitou o acesso à formação universitária nos níveis de graduação e pós-graduação, a geração de empregos diretos e indiretos, fortaleceu a cultura local e impulsionou processos de inovação tecnológica”, afirma.
A pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação, Criação e Inovação, Simone Alves, reforça que o reconhecimento atual da UFRB em diversas áreas do conhecimento e em importantes redes de pesquisa evidencia seu papel estratégico para o desenvolvimento regional. Para ela, o impacto social da instituição se materializa nas trajetórias dos seus 16 mil egressos. “Cada um desses egressos representa uma história transformada pela educação. Simbolizando uma história de acesso à educação superior pública e de qualidade, muitas vezes inédita em famílias do Recôncavo, do interior da Bahia e de outros estados. É o resultado de um projeto que democratizou o acesso ao ensino superior no Recôncavo e no interior da Bahia”, destaca Simone.
Histórias que transformam: a trajetória de João Carneiro
Entre os milhares de egressos da UFRB está João Carneiro, graduado em Comunicação Social-Jornalismo em 2024. O soteropolitano, criado no município de Alagoinhas, conheceu a UFRB ainda em 2010, quando acompanhou a aprovação de sua prima para o campus de Cruz das Almas. “Acompanhei de perto o percurso dela - hoje médica veterinária - e aquilo despertou em mim uma admiração muito grande pela instituição”, relembra.
Ingressou na universidade em 2019 e enfrentou, como muitos estudantes, os desafios impostos pela pandemia da Covid-19. Nesse período, precisou reinventar formas de aprender e produzir, experiência que considera fundamental na sua formação, e hoje leva o nome da UFRB por onde passa. “A UFRB me formou não só como profissional, mas como pessoa”, declara o egresso.
João cursou Jornalismo no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), em Cachoeira, e destaca o impacto transformador da UFRB no território. “A chegada da universidade ao Recôncavo quebra a ideia de um interior estagnado. O Recôncavo é, por si só, um ambiente que transforma: ninguém sai daqui sendo a mesma pessoa”, afirma.
Atualmente, ele é Analista de Comunicação e Marketing no Senai Bahia, à frente da comunicação do Projeto Qualifica Ouro Verde, parceria entre o Senai e a Petrobras. Para o seu trabalho atual, reconhece que grande parte das competências que utiliza foi aprimorada na UFRB, desde a apuração jornalística, as entrevistas, o trato das informações, até a sensibilidade para lidar com diferentes públicos e situações.
Apesar de ter concluído a graduação em 2024, encerrando mais um importante ciclo, João afirma que pretende retornar à UFRB para cursar o mestrado e seguir avançando na trajetória acadêmica. E opções não faltam. De acordo com a pró-reitora Simone Alves, a universidade segue investindo na oferta de cursos inovadores e interdisciplinares, voltados às demandas locais e às vocações regionais.
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