A reitora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Georgina Gonçalves, assinou na última terça-feira, dia 28, a ordem de serviço para a construção do Complexo Laboratorial Multidisciplinar do Insecta, grupo de ensino, pesquisa, extensão e formação de recursos humanos em Entomologia, vinculado ao Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas (CCAAB).
O novo complexo laboratorial contará com investimento na ordem de R$ 3.807.084,17, proveniente de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. A obra será executada pela empresa Cerqueira e Araújo Construções e Serviços, sob supervisão da Coordenadoria de Infraestrutura e Meio Ambiente (CIMAM) da UFRB, com prazo de conclusão estimado em 10 meses. O projeto arquitetônico e estrutural foi elaborado pela empresa Izabel Souki Projetos e contempla uma área total de 2.019,28m2.
Criado em 1992 por docentes e estudantes da então Escola de Agronomia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o grupo Insecta passou a integrar a UFRB em 2006, com a criação da universidade e a transferência da estrutura acadêmica para o CCAAB, no campus Cruz das Almas. Desde então, o grupo tem desenvolvido estudos sobre insetos e suas interações ecológicas e econômicas, contribuindo para o avanço do conhecimento científico e tecnológico em diferentes áreas.
Durante a assinatura da ordem, a reitora Georgina Gonçalves destacou a importância do investimento na infraestrutura do Insecta, reconhecido como o grupo de pesquisa mais antigo em Agronomia no Brasil, para o fortalecimento da ciência na instituição. “As universidades federais produzem 90% da ciência do país, mesmo enfrentando limitações estruturais. Esse novo complexo representa um passo importante para valorizarmos o trabalho dos nossos pesquisadores e garantirmos condições adequadas para o desenvolvimento científico”, afirmou a reitora.
O diretor do CCAAB, Josival Souza, também ressaltou o papel histórico do grupo na consolidação da pesquisa em Entomologia no país e, em especial, do professor Oto Meira Marques como um dos idealizadores do grupo e principal mentor do professor Carlos Alfredo Lopes de Carvalho, atual coordenador. “O Insecta é resultado de um trabalho de décadas, marcado pela dedicação e pela persistência de pessoas como o nosso saudoso professor Oto, parte importante de todo esse processo que está se concretizando aqui hoje”, recordou.
Ele também reconheceu o empenho do atual coordenador. “O professor Carlos Alfredo tem essa garra, essa força de querer realmente fazer com que a UFRB seja essa grande universidade, essa potência na pesquisa. O Insecta é uma luta dele e este momento reconhece essa trajetória”, destacou Souza.

Momento histórico
O coordenador do Insecta, professor Carlos Alfredo Lopes de Carvalho, lembrou o percurso de quase 40 anos do grupo e o esforço coletivo para manter as atividades mesmo diante das dificuldades. “Foram anos de luta, de criatividade e de apoio de colegas e estudantes. Este novo complexo de laboratórios simboliza o fechamento de um ciclo e o início de outro, que consolida a pesquisa em Entomologia e abre novas possibilidades para o futuro”, afirmou.
“O que vocês estão vendo hoje é um momento histórico, é um ato que realmente valoriza o sacrifício, a perseverança e a resiliência. Vida longa para a UFRB, vida longa ao CCAAB, vida longa ao Insecta, e que a gente possa aprovar mais projetos!”, comemorou Lopes de Carvalho.
O pró-reitor de Planejamento, Joaquim Ramos, destacou que a melhoria deste espaço sempre foi uma prioridade da sua gestão. “Desde o primeiro dia que assumi a área de infraestrutura, vislumbrei o potencial do Insecta como um importante espaço de pesquisa e trabalhamos para garantir as condições necessárias. Optamos por uma nova estrutura por razões técnicas e estratégicas, visando melhores resultados para o ensino e a pesquisa”, explicou.
Ao encerrar o evento, a reitora Georgina reiterou o compromisso da UFRB com o fortalecimento da infraestrutura de pesquisa. “Estamos realizando um conjunto de entregas importantes com recursos do novo PAC para o ensino superior. O Insecta é uma delas. A gente ainda tem uma agenda para dar cumprimento junto à comunidade e a nossa intenção é cumprir essa agenda”, concluiu.
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