A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) celebrou um importante avanço na consolidação de sua produção científica: cresceu o número de pesquisadores(as) contemplados(as) com Bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) e de Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No resultado referente à Chamada CNPq nº 18/2024, a UFRB passou a contar com 10 bolsistas nas duas modalidades.
A lista foi divulgada em 24 de julho no Diário Oficial da União e na página oficial do CNPq. As bolsas têm vigência inicial a partir de 1º de agosto, com duração de até 36 meses.
As Bolsas PQ e DT do CNPq são voltadas a pesquisadores(as) com produção científica, tecnológica ou de inovação relevante, e têm como objetivo fomentar a continuidade e a excelência da pesquisa no país. Na UFRB, os(as) pesquisadores(as) contemplados(as) atuam em diferentes centros de ensino e áreas do conhecimento, demonstrando a diversidade e o alcance do trabalho científico da instituição.
Os(As) pesquisadores(as) da UFRB contemplados são: Daniela Cristina Zappi (PQ) e Geni da Silva Sodré (DT), do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas (CCAAB); Diogo Valença de Azevedo Costa (PQ) e Fabricio Lyrio Santos (PQ), do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL); Carine Tondo Alves (DT) e Keila Machado de Medeiros (PQ) , do Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS); e Nuno Damácio de Carvalho Félix (PQ), Dóris Firmino Rabelo (PQ), Djanilson Barbosa dos Santos (PQ), Simone Seixas da Cruz (PQ), do Centro de Ciências da Saúde (CCS).
Para a pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação, Criação e Inovação, Simone Alves Silva, o resultado é um marco para a universidade. “Obter mais pesquisadores com Bolsa PQ e DT é um reconhecimento formal da excelência desses profissionais e impulsiona a produção científica e tecnológica da UFRB. Isso atrai investimentos, amplia parcerias e aumenta a visibilidade da pesquisa brasileira”, destaca.
Além disso, Simone avalia que a presença de bolsistas PQ e DT contribui significativamente para a formação acadêmica. Os pesquisadores atuam como orientadores de estudantes de graduação e pós-graduação, fortalecendo os grupos de pesquisa e promovendo a geração de artigos científicos, patentes, produtos tecnológicos e outras formas de produção intelectual.
Ela também destaca a diversidade de áreas do conhecimento contempladas com Bolsa CNPq, que reflete “na pluralidade das pesquisas desenvolvidas na Instituição, ampliando suas perspectivas e abordagens nos diferentes contextos sociais, culturais, políticos e econômicos, gerando um ambiente mais dinâmico e produtivo”.
Da lista de pesquisadores(as) contemplados(as), seis receberão a bolsa para novos projetos. Entre eles(as) está a professora Carine Tondo Alves, do CETENS, com o projeto BIOCLEAN – Energia Limpa, Biocombustíveis e Captura de CO₂: Inclusão de Mulheres na Ciência através de P&D&I. A proposta busca transformar resíduos agrícolas em bioprodutos sustentáveis, como biogás e biofertilizantes, ao mesmo tempo em que promove a participação feminina em áreas estratégicas da ciência e engenharia.
Carine ressaltou que a bolsa é fundamental para consolidar as atividades de pesquisa, inovação e extensão previstas no projeto. O BIOCLEAN envolve mais de 15 estudantes e conta com parcerias com instituições como SENAI CIMATEC, Universidade de São Paulo (USP), COOPAG e Bahiagás.
A pesquisadora destacou o sentimento de responsabilidade ao receber a notícia da aprovação considerando que se trata do reconhecimento de um trabalho comprometido com a ciência aplicada e com a transformação social. “É uma motivação a mais para continuar desenvolvendo pesquisas que impactem positivamente a vida das pessoas, especialmente no interior da Bahia”, ressaltou.
A professora Simone Seixas da Cruz, do CCS, também integra o grupo de contemplados(as), desta vez com renovação de sua Bolsa de Produtividade. Assim como ela, outros dois pesquisadores(as) darão continuidade às suas pesquisas com o apoio do CNPq.
No caso de Simone, ela seguirá com o projeto que investiga a saúde da pessoa idosa, com foco na perda auditiva e no desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas aplicáveis ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Durante a primeira vigência da bolsa (2022–2025), a pesquisadora utilizou os recursos para adquirir softwares estatísticos e participar de eventos científicos, o que, segundo ela, fortaleceu a capacidade analítica da equipe e a disseminação dos resultados. Com a renovação, o projeto avançará em análises multivariadas sobre desigualdades em saúde e no aperfeiçoamento de uma ferramenta digital para triagem auditiva, que incluirá aprendizado de máquina para estimativa da gravidade do problema.
Para ela, o apoio do CNPq “confere maior visibilidade e credibilidade ao estudo, atraindo colaborações nacionais e internacionais, vez que garante mais recursos para divulgação dos resultados”.