A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) agora integra uma rede nacional que busca promover a inclusão e o empoderamento de meninas e mulheres nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação. O projeto, intitulado "Rede de Meninas e Mulheres nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação: Educação e Popularização Científica para a Redução das Desigualdades", foi aprovado na Chamada CNPq/MCTI/Mulheres nº 31/2023 – Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação. A iniciativa visa criar oportunidades de aprendizado e desenvolvimento para jovens, com foco em reduzir as desigualdades de gênero nas áreas científicas e tecnológicas.
Na UFRB, a iniciativa é executada pelo Centro de Formação de Professores (CFP), sob coordenação das professoras Carolina Queiroz e Rafaela Lima. As ações já estão em andamento no Colégio Estadual de Milagres, localizado em Milagres, na Bahia, que é parceira da UFRB na execução do projeto. Na instituição, as atividades são coordenadas pela professora Ivana Romão e realizadas por um grupo de cinco estudantes do Ensino Médio, bolsistas de Iniciação Científica Júnior.
Ao longo dos próximos três anos, o projeto promoverá uma série de atividades voltadas para o estímulo à pesquisa e à educação científica. Estão previstas oficinas, palestras e mentorias que permitirão às participantes aprofundar seus conhecimentos e desenvolver habilidades em áreas-chave das ciências e tecnologias.
De acordo com a professora Rafaela Lima, o projeto visa combater a sub-representação feminina nas Ciências Exatas, Engenharia e Computação, um fenômeno que reflete construções históricas e culturais que associam essas áreas a características tradicionalmente masculinas. O apagamento das mulheres nesses campos reforça estereótipos de que são carreiras inacessíveis a elas. Para mudar esse cenário, “é essencial promover políticas educacionais que incentivem o interesse e a permanência de meninas nesses cursos, garantindo modelos femininos de referência e combatendo as desigualdades estruturais. Por isso, este projeto é tão importante", destaca.
Além da UFRB, as Universidades Federais do Oeste da Bahia (UFOB) e do Paraná (UFPR), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), do Tocantins (IFTO), de Goiás (IFG) e de Brasília (IFB) também executarão atividades do projeto.