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Identidade Visual

Biblioteca do CECULT ganha novo nome e identidade visual

 

A Biblioteca do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) passa a se chamar Biblioteca Universitária Zilda Paim. A mudança faz parte de um projeto da direção do CECULT voltado à valorização das personalidades santamarenses que contribuíram de forma significativa para a história, a arte e a cultura do Recôncavo Baiano. A homenagem à educadora e folclorista também inspirou a criação da nova identidade visual da biblioteca, que reflete a união entre tradição, cultura e conhecimento.

O processo de criação da nova logomarca foi resultado de uma pesquisa interdisciplinar que uniu história, design e memória cultural. O estudo envolveu metodologias das áreas de história, design gráfico e gestão da informação, articuladas a práticas de inovação digital. Essa integração de campos garantiu uma abordagem ampla, combinando análise documental e simbólica com o desenvolvimento visual da identidade da biblioteca.

O processo de pesquisa

A criação da identidade visual partiu de uma investigação detalhada sobre a vida, obra e legado de Zilda Paim, realizada a partir de documentos históricos, acervos digitais, entrevistas e registros audiovisuais. O objetivo foi compreender profundamente quem foi Zilda Paim e como seu trabalho se conecta à missão da universidade: valorizar o conhecimento, a diversidade e as expressões culturais do Recôncavo.

Quem foi Zilda Paim

Nascida em Santo Amaro da Purificação, em 3 de agosto de 1919, Zilda Paim foi uma mulher à frente do seu tempo. Educadora, historiadora, pintora, folclorista, escritora e vereadora de sua cidade natal, dedicou sua vida à preservação das tradições afro-brasileiras do Recôncavo Baiano, tornando-se uma das principais especialistas em maculelê no país.

Seu interesse pelos livros e pela história surgiu de forma poética: ao encontrar, ainda jovem, um exemplar raro no baú do pai, que havia pertencido ao Barão de Vila Viçosa, passou a se encantar pelos “papéis velhos” e pela memória. Como ela relatou:

“Desde esse dia, fui tomando gosto por papel velho e fiquei maluca por isso.”

O projeto de nomeação dos espaços do CECULT

A escolha do nome Biblioteca Universitária Zilda Paim integra um projeto mais amplo da direção do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT), voltado à valorização das personalidades santamarenses que contribuíram de forma significativa para a história, a arte e a cultura do Recôncavo Baiano.

O projeto tem como propósito nomear os espaços de ensino, convivência e criação artística do Pavilhão de Aulas do CECULT/UFRB em homenagem a figuras de destaque da cidade de Santo Amaro, reforçando a identidade local e o diálogo entre a universidade e a comunidade.

Entre os espaços já nomeados, destacam-se:

Auditório Emanoel Araújo: homenagem ao artista plástico, curador e fundador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo (1940–2022), natural de Santo Amaro, cuja obra é um marco na valorização da estética e da identidade afro-brasileira.

Palco das Artes Nicinha do Samba: espaço dedicado às manifestações culturais e apresentações artísticas, que homenageia Dona Nicinha do Samba, matriarca do samba de roda do Recôncavo Baiano, reconhecida por sua contribuição à preservação da cultura afro-brasileira e por seu papel de liderança na comunidade santamarense.

A inclusão da Biblioteca Universitária Zilda Paim nesse conjunto fortalece o propósito do CECULT/UFRB de unir educação, arte e cultura em torno das memórias e saberes do povo de Santo Amaro, transformando seus espaços em verdadeiros lugares de memória, aprendizagem e reconhecimento.

O resultado: tradição e modernidade

Logomarca da Biblioteca Universitária Zilda Paim – CECULT/UFRB

A nova logomarca da Biblioteca Universitária Zilda Paim representa essa fusão simbólica. O símbolo central combina a forma de uma pena estilizada, associada à escrita e à pesquisa documental, com o movimento de um maculelê, em que as penas ou folhas se abrem como braços em dança, evocando as raízes culturais afro-brasileiras do Recôncavo. O desenho nasce de um livro aberto, metáfora para o florescimento do saber.

Paleta cromática da nova marca

Azul profundo – #0A3B66
Azul médio – #15608A
Ciano – #57BDD3
Branco – #FFFFFF

Para conhecer mais sobre Zilda Paim

Ainda não há um documentário dedicado exclusivamente à trajetória de Zilda Paim, mas sua presença e contribuição podem ser conhecidas em depoimentos preservados em produções culturais e registros sobre o maculelê. Entre esses registros, destaca-se o vídeo “A Verdadeira História do Maculelê” (2016), no qual Zilda Paim participa como fonte histórica, compartilhando seus conhecimentos sobre as tradições do Recôncavo Baiano.

Assista: “A Verdadeira História do Maculelê” (com participação de Zilda Paim)
Zilda Paim fala sobre o maculelê ▶ Assistir

Fontes de pesquisa consultadas

Registros audiovisuais:
ZILDA PAIM SANTO AMARO BAHIA. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=c0-XHL1sKl0. Acesso em: 9 out. 2025.
ENTREVISTA COM A PROFa ZILDA PAIM - parte 1. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=igKzpquIy8Y. Acesso em: 9 out. 2025.
PROFa ZILDA PAIM - parte 2. Disponível em: https://youtu.be/bDyZe0E_00Q?si=21iVAD3hcK_9nOCt. Acesso em: 16 out. 2025.
PROFa ZILDA PAIM - parte 3. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=E4lV3ZEE4Vg. Acesso em: 16 out. 2025.
PROFa ZILDA PAIM - parte 4. Disponível em: https://youtu.be/60N2YTmx-io?si=fUoT961V3HHhN3MB. Acesso em: 16 out. 2025.

Acervos digitais:
ACERVO DA LAJE. Coleção Zilda Paim. Disponível em: https://www.acervodalaje.com.br/colecao-zilda-paim. Acesso em: 9 out. 2025.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA. Laboratório de Etnomusicologia (LABEET). Acervo BrazInst: Idiofones. João Pessoa. Disponível em: http://plone.ufpb.br/labeet/contents/paginas/acervo-brazinst/copy_of_idiofones/teste%20478. Acesso em: 9 out. 2025.

Obras de Zilda Paim:
PAIM, Zilda. Relicário Popular. Salvador: Empresa Gráfica da Bahia; Secretaria da Cultura e Turismo, 1999. Pesquisa bibliográfica complementar – 04 set. 2025.
PAIM, Zilda. Isto é Santo Amaro. Salvador: Academia de Letras, 2005. Pesquisa bibliográfica complementar – 04 set. 2025.

Fontes complementares:
FRANCO, Andressa; ROSA, Patrícia. A alegria de Dona Nicinha, uma das matriarcas do Samba de Roda no Recôncavo Baiano. Revista Afirmativa, Salvador, dez. 2021. Disponível em: https://revistaafirmativa.com.br/a-alegria-de-dona-nicinha-uma-das-matriarcas-do-samba-de-roda-no-reconcavo-baiano/. Acesso em: 19 ago. 2025.
JEITO BAIANO. Zilda Paim – Gente da Bahia. Disponível em: https://jeitobaiano.wordpress.com/2009/08/17/zilda-paim-%E2%80%93-gente-da-bahia/. Acesso em: 19 ago. 2025.
GUIA GEOGRÁFICO HISTÓRIA DA BAHIA. MACULELÊ. Disponível em: https://www.historia-brasil.com/bahia/maculele.htm. Acesso em: 19 ago. 2025.
BAHIA. Prefeitura de Santo Amaro. CRAM’s: Centros de Referência de Atendimento à Mulher. Disponível em: https://prefeituradesantoamaro.wordpress.com/2014/07/31/nucleo-de-apoio-as-mulheres-zilda-paim-foi-inaugurado-em-santo-amaro-nesta-quinta-feira-31/. Acesso em: 19 ago. 2025.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA. Biblioteca Universitária Zilda Paim – CECULT/UFRB. Matéria institucional: Biblioteca Universitária Zilda Paim – CECULT. Santo Amaro, 2025. Documento interno.

Créditos: Texto e curadoria – Lorena Araujo Hirsch | Revisão – Luciana Oliveira, José Raimundo Paim e IA assistiva | Logomarca – concepção de Lorena Araujo Hirsch com desenvolvimento assistido por IA e com toque final de ajuste cromático por Marcos Oliveira Silva.

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