A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) reafirma seu compromisso com a preservação da memória, cultura e ancestralidade dos povos tradicionais ao se unir ao Ministério da Igualdade Racial (MIR), por meio da Diretoria de Políticas para Povos de Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e de Terreiros. Juntas, as instituições criaram o projeto Encruza, com o objetivo de fortalecer e valorizar as comunidades quilombolas, os povos de terreiro e os ciganos. O projeto é coordenado pelo Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL/UFRB), em Cachoeira e São Félix.
O nome “Encruza” remete a encruzilhada ou a encontro de caminhos. “Esse projeto é isso; muitos caminhos que se cruzam, se entrecortam com o objetivo de fortalecer o desenvolvimento sustentável dos povos tradicionais, de matriz africana e de terreiros”, explica Dyane Reis, professora da UFRB e coordenadora geral do projeto.
O nome "Encruza", que remete à ideia de encruzilhada ou encontro de caminhos, simboliza a união de diferentes trajetórias em busca de um objetivo comum: promover o desenvolvimento sustentável das comunidades tradicionais de matriz africana e de terreiro. "Este projeto representa a convergência de diversos caminhos, todos com o intuito de fortalecer a identidade e a cultura desses povos", explica Dyane Reis, professora da UFRB e coordenadora geral do projeto.
Lançado oficialmente em novembro de 2024, durante o Fórum Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social no Recôncavo, o Encruza já realizou diversas ações impactantes. Em dezembro, o projeto promoveu a Primeira Semana da Infância de Terreiro OMO AYO - AMO AXE, em Salvador, e a oficina “Mulheres de Axé no Mercado preto”, feita pela Organização Mulheres de Axé, que celebrou a cultura afro-brasileira por meio da moda, música, dança e arte. Em janeiro, para marcar o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, o projeto lançou uma campanha nacional para a Promoção dos Direitos e Valorização da Ancestralidade Africana.
Além das ações já realizadas, o Encruza prevê mais três metas até maio de 2025: a realização da Oficina Criativa Axé nas Redes, que capacitará jovens dos povos e comunidades tradicionais de matriz africana e de terreiro para o mercado digital; a Campanha Nacional de Valorização dos Povos Ciganos; e Prêmio Nacional para publicações de Literatura infanto-juvenil, por meio de edital para apoiar publicações que retratam as experiências dessas comunidades.
“Nosso compromisso é com a memória, a cultura e a ancestralidade dos povos de terreiro, quilombolas e ciganos. Cada ação do Encruza é pensada para valorizar suas histórias, promover direitos e ampliar espaços de pertencimento”, destaca o projeto em suas redes sociais.
Para alcançar cada uma das metas propostas pelo projeto, o Encruza conta com uma equipe de mais de 20 colaboradores, entre professores, técnicos administrativos e estudantes de graduação e de pós-graduação da UFRB, além da parceria com o MIR.