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Notícias Teste do teor de etanol em postos de Amargosa, uma atividade didático-pedagógica no curso de Licenciatura em Química

Teste do teor de etanol em postos de Amargosa, uma atividade didático-pedagógica no curso de Licenciatura em Química

Publicado: Sábado, 22 Março 2014 00:43 , Última Atualização: Quinta, 26 Março 2015 13:45 | Acessos: 1633

Alunos do curso de Licenciatura em Química, matriculados no componente curricular CFP592 -Tópicos Especiais em Química: Fundamentos da Indústria do Petróleo e Gás, sob a responsabilidade do Prof. Jorge Fernando, têm trabalho aceito em maior evento de Química da América Latina (37ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, a ser realizada em Natal-RN, de 26 a 29 de maio do corrente ano).

O trabalho surgiu a partir das discussões ao longo do semestre 2013/2 e teve como propósito promover o aprendizado técnico dos alunos e motivar o estudo científico dos mesmos, destacando questões como: segurança e método químico na aquisição de dados para avaliação da qualidade da gasolina (25±1% de etanol adicionado à gasolina nacional) comercializada nos seis postos de combustível do município de Amargosa-BA.

O trabalho consistiu de uma série de atividades, tais como: levantamento bibliográfico sobre derivados do petróleo, coleta de gasolina de diferentes marcas, análises laboratoriais de pH, teor de álcool na gasolina e densidade. Partindo para a atividade de campo, verificou-se que todos os postos possuem os kits para realização do teste do teor de etanol na gasolina, mas observou-se que 33.33% dos postos analisados não possuem o kit em perfeito estado (fora de especificação). Em todos os postos os frentistas estavam parcialmente capacitados. Quando solicitados a realizar o teste da proveta, os mesmos se opunham a realizá-lo; questionados se estavam cientes de como executar o teste, os mesmos rapidamente respondiam que apenas uma pessoa no posto estava capacitada a fazê-lo, e no caso não seria nenhum frentista, e sim um superior, o gerente.

Entretanto, os próprios gerentes não estavam qualificados a realizar o teste, uma vez que: a) não sabiam como explicar o que ocorria na reação de separação do álcool da gasolina; b) desconheciam por completo a metodologia preconizada em legislação vigente para realização do teste da proveta. A contribuição do trabalho foi o aprendizado das técnicas de segurança laboratoriais, manuseio e função de cada vidraria e equipamento utilizados em aula. Ao comparar os resultados com as especificações vigentes, a equipe adquiriu conhecimento técnico e aquele pertinente à sua função como cidadão.

Ficou evidente que os frentistas não estão capacitados e desconhecem a legislação. Com isto pretende-se ampliar as áreas de análises para outras cidades vizinhas, bem como efetivar parceria com os donos de postos para treinamento e qualificação das equipes que atuam diretamente no abastecimento de postos locais, o que ampliará o padrão de qualidade do combustível ofertado ao cidadão na região.

 

 

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