PPGCI/UFRB e CETEP Araci realizam primeiro depósito de patente entre universidade federal e escola estadual na Bahia

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação, Criação e Inovação (PPGCI), e o Centro Territorial de Educação Profissional do Sisal II, de Araci (CETEP Araci), protagonizam um marco inédito para a inovação na Bahia: o primeiro depósito de patente em cotitularidade entre uma universidade federal e uma escola da rede pública estadual.
A tecnologia registrada, intitulada “Bioplástico Biodegradável com Resistência Térmica à Base da Agave Sisalana”, utiliza como matéria-prima o sisal — planta típica do semiárido baiano —, oferecendo uma alternativa sustentável e termicamente resistente ao uso de plásticos derivados de petróleo.
O pedido foi protocolado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e representa um avanço para a cultura da inovação tecnológica no estado, ao unir conhecimentos científicos e técnicos com impacto ambiental e social. A ação integra ensino médio técnico e ensino superior, promovendo a proteção da inovação desde as etapas iniciais da formação educacional.
A reitora da UFRB, Georgina Gonçalves, celebrou o feito como um exemplo do potencial transformador da colaboração: “Esta conquista evidencia a força da cooperação entre instituições e territórios, promovendo soluções inovadoras com impacto real na sociedade.”
O projeto teve início em 2022 como atividade prática no CETEP Araci, conduzido pela professora Pachiele Cabral com as estudantes Sarah Moura Cruz e Isabel Silva Oliveira. Em 2024, com o ingresso de Pachiele no Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (ProfNIT/UFRB), o projeto ganhou nova dimensão no Laboratório de Biomassa do CETENS/UFRB, com orientação dos professores Carine Tondo Alves e Luciano Hocevar.
A Coordenação de Inovação da PPGCI (CINOVA/UFRB) desempenhou um papel fundamental na elaboração e tramitação do pedido de patente. Com atuação direta na articulação entre pesquisadores, estudantes e parceiros externos, a CINOVA garantiu o suporte técnico-jurídico necessário para a formalização da proteção intelectual, reforçando o compromisso institucional com a valorização da inovação desde a base da formação.
O coordenador da CINOVA, Nilson Weisheimer, destaca que a conquista “representa a força da ciência colaborativa e da universidade pública na criação de soluções enraizadas nos territórios”. Segundo ele, a ação exemplifica a missão da UFRB em promover uma política de inovação que seja inclusiva, estratégica e voltada ao bem comum.
A iniciativa integra a política estadual de estímulo à pesquisa científica desde a educação básica, prevista na Lei Pop Ciência Bahia, com articulação entre as Secretarias Estaduais da Educação (SEC) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), e reforça o papel da UFRB como protagonista da inovação conectada aos desafios e potencialidades locais.
Com informações da Secti e ASCOM/UFRB.