Pré-cúpula dos Povos - Território do Recôncavo - Informativo

Resolução da Pré - Cúpula dos Povos Território do Recôncavo

A Pré-cúpula dos Povos - Território do Recôncavo, realizada pelo Coletivo Nacional das Juventudes Negra – ENEGRECER no Anfiteatro da Reitoria da Universidade do Recôncavo da Bahia, no dia 09 de junho de 2012, teve um total de 80 pessoas entre estudantes e Movimentos Sociais, como a UNE, UEB, ENEGRECER, MNU, Conselho do Território do Recôncavo da Bahia, Fórum GLBT Baiano, Associação de Mulheres Amigas de Cruz das Almas - AMA e as Associações de cursos (Florestas, Agronomia e Agroecologia), o evento teve a duração de 8 horas, dividida em dois blocos. O Primeiro bloco, foi discutido o que estava em cheque na Rio+20, e o que é, como seria realizada, quais os movimentos sociais que ocupariam, e qual o projeto de sustentabilidade que apresentava a Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, teve as contribuições riquíssimas sobre como o Movimento Negro pensa a relação natureza e ser humano, a disponibilidade da UFRB em ceder, apoiar e ajudar a construir espaço como o que estava sendo realizando, a importância da inter-relação entre Universidade e Comunidade, do Pró-reitor da PROPAAE Professor Ronaldo Crispim, de Carmen Oliveira Coordenadora LGBT  do Conselho do Território do Recôncavo da Bahia  e representante deste na mesa, deixou as contribuições sobre o território e da pauta LGBT, Marcela Ribeiro Vice Presidente da União dos Estudantes da Bahia – UEB, falou da participação da UEB na construção dos debates sobre a Cúpula dos Povos que a Entidade vem construindo em seus diversos grupos do Movimento Estudantil e a idealizadora do evento representante do ENEGRECER Larissa Passos, para finalizar essa primeira mesa apresentou a importância deste evento em aconteceu no consistiu em construir junto com os estudantes da UFRB e os movimentos sociais, um documento que apresente um modelo de desenvolvimento que contemple a territorialidade local, apontando para o respeito à fauna e a relação ancestral com o território, e sua totalidade, A relação dos cursos que a universidade possuiu, qual o perfil dos cursos, profissionais que destes saem, qual o setor que estes são insimulados, quais empresas investem nos cursos da universidades, como a UFRB (Docentes, Técnicos e Estudantes) dialoga com as comunidades em que seus campus estão  inseridos. A segunda Mesa teve as contribuições do Estudante do Curso de Agroecologia Jardel Luís da UFRB, que apresentou o perfil do curso, o porque que este foi criado e como este dialoga com a temática da Agricultura Familiar e a Sociedade Globalizada e da Diretora de Mulheres da UNE Liliane Oliveira que apresentou como a Diretoria ver e trabalha nesta pauta, e como é também militante da Marcha Mundial das Mulheres – MMM apresentou como as mulheres desta organização estão construindo suas intervenções para este espaços, como as mulheres são vistas na sociedade e como serão usadas, exploradas neste modelo de Desenvolvimento sustentável apresentado pela Rio+20 e os dois fizeram um paralelo sobre a “Economia Verde” que na verdade é o Capitalismo pintado de verde. Finalizando a mesa, o debate foi aberto onde os alunos dos cursos apresentaram o perfil do curso, as demandas que estes precisam e das relações destes com o projeto de profissionalização, Ambiental e Social. O segundo Bloco foi iniciado com um espaço de auto-organização das Mulheres, para que estas garantissem seu Grupo de Discursão e Trabalho e participasse dos demais, uma vez que as mulheres estão inseridas de e precisam construir politicas nos demais eixos, neste espaço, foi informado para todas, a organização da MMM e as atividades que seriam realizadas na Cúpula dos Povos no Rio de Janeiro, finalizando este espaço nos dividimos entre os grupos de Combate ao Racismo, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, que tiveram duração de 1hora, e depois fomos a leitura e aprovação das propostas e retiradas dos nomes dos representantes para irem a Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental  um evento organizado pela sociedade civil global que acontecerá entre os dias 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro – paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD), a Rio+20.ao evento no Rio de Janeiro. O evento finalizou com muitas demandas para os representantes que foram escolhidos e para a volta destes, porque o evento não acabaria naquele espaço, a ideia é discutir a realidade que a UFRB esta inserida, e o dialogo dela com seu papel social, econômico e ambiental, que os movimentos que estão presentes nela concebam “defesa dos bens comuns passa pela garantia de uma série de direitos humanos e da natureza, pela solidariedade e respeito às cosmovisões e crenças dos diferentes povos, como, por exemplo, a defesa do “Bem Viver” como forma de existir em harmonia com a natureza, o que pressupõe uma transição justa a ser construída com os trabalhadores(as) e povos. A construção da transição justa supõe a liberdade de organização e o direito a contratação coletiva e políticas públicas que garantam formas de empregos decentes. Reafirmamos a urgência da distribuição de riqueza e da renda, do combate ao racismo e ao etnocídio, da garantia do direito a terra e território, do direito à cidade, ao meio ambiente e à água, à educação, a cultura, a liberdade de expressão e democratização dos meios de comunicação, e à saúde sexual e reprodutiva das mulheres.” (Declaração final da Cúpula dos Povos na Rio+20).

E assumimos e construímos nos diversos espaços Cúpula dos Povos na Rio+20 etes compromissos:

A transformação social exige convergências de ações, articulações e agendas a partir das resistências e alternativas contra hegemônicas ao sistema capitalista que estão em curso em todos os cantos do planeta. Os processos sociais acumulados pelas organizações e movimentos sociais que convergiram na Cúpula dos Povos apontaram para os seguintes eixos de luta:

• Contra a militarização dos Estados e territórios;
• Contra a criminalização das organizações e movimentos sociais;
• Contra a violência contra as mulheres;
• Contra a violência as lesbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgeneros;
• Contra as grandes corporações;
• Contra a imposição do pagamento de dívidas econômicas injustas e por auditorias populares das mesmas;
• Pela garantia do direito dos povos à terra e território urbano e rural;
• Pela consulta e consentimento livre, prévio e informado, baseado nos princípios da boa fé e do efeito vinculante, conforme a Convenção 169 da OIT;
• Pela soberania alimentar e alimentos sadios, contra agrotóxicos e transgênicos;
• Pela garantia e conquista de direitos;
• Pela solidariedade aos povos e países, principalmente os ameaçados por golpes militares ou institucionais, como está ocorrendo agora no Paraguai;
• Pela soberania dos povos no controle dos bens comuns, contra as tentativas de mercantilização;
• Pela mudança da matriz e modelo energético vigente;
• Pela democratização dos meios de comunicação;
• Pelo reconhecimento da dívida histórica social e ecológica;
• Pela construção do DIA MUNDIAL DE GREVE GERAL.

O Coletivo Nacional das Juventudes Negra – ENEGRECER agradece a Reitoria, PROPAAE ( Pró-Reitor, Coordenadora Denize Ribeiro, Geraldo Pereira do Nascimento Neto, Ana Maria Silva Oliveira,Florisvaldo Evangelista da SIlva Junior) PRAGAD, PROEXT, na ajuda da construção deste evento e a oportunidade de poder construir eventos nesta universidade. 

Cruz das Almas Bahia - 2012

Pré - Cúpula dos Povos Território do Recôncavo 09/06/2012