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Baixa da Linha desfilou as primeiras peças da Escola de Corte e Costura da comunidade

Publicado: Domingo, 11 Dezembro 2016 21:50
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A Escola Profissionalizante de Corte e Costura, criada por projeto de extensão na comunidade quilombola da Baixa da Linha, em Cruz das Almas, dá os seus primeiros frutos. No dia 09 de dezembro, o Projeto apresentou as peças produzidas pela primeira turma do curso em desfile na sede da Associação Comunitária da Linha (Ascol).

As costureiras viraram modelos – vestiram e desfilaram as roupas que produziram na primeira etapa do curso. Foi o momento de mostrar para a comunidade os resultados do Projeto. Márcia Cristina, moradora da Linha e estudante de Agroecologia, disse que sempre quis costurar e aproveitou a oportunidade. Na hora de desfilar a própria produção sentiu muita emoção e nervosismo. Analisando os resultados do Projeto, considera: “o Projeto fortalece a comunidade; fortalece as mulheres da comunidade”.

A Escola foi uma demanda apresentada pelas mulheres da Baixa da Linha em estudo da Socióloga Iolanda Oliveira, realizado em 2011, que investigou os anseios para enfrentamento do desemprego. Tornou-se realidade após projeto de extensão ter sido contemplado pelos Editais Proext/MEC/SESU 2014 e Chamada MCTI/SECIS/MTE/SENAES/CNPq 89/2013 pela Incubadora de Empreendimentos Solidários - INCUBA/UFRB.

O Projeto da Escola Profissionalizante de Corte e Costura colabora para que a Baixa da Linha estabeleça para si novos meios de sustentabilidade como forma de inclusão social, trazendo a Universidade como agente público desta inclusão. Além de curso profissionalizante em corte e costura, foram realizadas oficinas sobre associativismo, curso sobre empreendedorismo, seminários, visitas técnicas, reuniões de planejamento e formação política, étnica e de gênero.

“As mulheres da Linha estão subempregadas em serviço doméstico e funções que reproduzem as relações Casa Grande X Senzala”, avalia Eliene Anjos, da INCUBA/UFRB. Para ela, o Projeto cria laboratório para estudantes de Gestão de Cooperativa da UFRB e a possibilidade de um empreendimento solidário que gere renda e autoestima para a Comunidade. “A elevação da autoestima é o primeiro passo”, considera Eliene Anjos.

Os moradores da Baixa da Linha vivem em condições precárias de saneamento e infraestrutura e, desde a certificação como remanescente de quilombo em 2010, reivindicam a atenção do poder público. A Comunidade está ao lado do campus da UFRB, a 4 km do centro de Cruz das Almas.

 
 
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