Agricultura Familiar e Segurança Alimentar foi tema de Seminário na UFRB
O Seminário realizado nos dias 06 e 07 de junho, no auditório da PPGCI, discutiu a situação da Agricultura Familiar e Segurança Alimentar no Brasil e no Mundo com a participação da comunidade acadêmica da UFRB e externa, de outras instituições de ensino e entidades representativas dos Territórios de Identidade do Recôncavo, do Sisal, do Portal do Sertão e do Vale do Jiquiriçá.
A mesa de abertura, mediada por Tatiana Velloso, Pró-Reitora de Extensão da UFRB, foi composta por Silvio Soglia, reitor da UFRB, Rosineide Pereira Mubarack Garcia, Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UFRB, Elvis Lima Vieira, Diretor do CCAAB, Ananias Viana, representante do Núcleo Quilombola do Território do Recôncavo, Luciene Fagundes, representante do Colegiado do Recôncavo da Bahia, Cibele Cristina Bueno de Oliveira, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e José Francisco Pereira, representante do Colegiado do Território do Sisal.
Carlos Arthur Barbosa da Silva, economista com mestrado e doutorado nos EUA, professor da Universidade Federal de Viçosa, economista sênior da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) por 12 anos, foi o palestrante da manhã do dia 06. O professor Carlos relatou os seus anos de experiências em vários países do mundo, junto a FAO, com a missão de combater a pobreza e a fome através da Agricultura Familiar.
O professor Carlos apontou as condições da Agricultura Familiar em diversos países e evidenciou a importância das políticas de proteção social e do aumento da renda dos brasileiros para a saída do Brasil do Mapa da Fome. É otimista com relação à situação brasileira, mas pondera: “O Brasil saiu do mapa da fome, mas ainda há insegurança alimentar no país - um fenômeno desproporcionalmente rural”. Também avaliou que a industrialização da agricultura e a mudança no perfil das pessoas trazem novos desafios para a Agricultura Familiar.
A professora do CCAB, Kassia Watanabe, idealizadora do Seminário e parceira de Carlos Arthur Barbosa da Silva em projeto, apresentou proposta de cartilha que servirá de guia legal sobre Contract Farming.
No debate, muitas questões foram levantadas pelo público sobre exploração de recursos naturais pelas multinacionais, a estrutura agrária do Brasil, situação política brasileira e posicionamentos da Fao. Nesse sentido, Carlos Arthur esclareceu que “A FAO não pode passar por cima dos atores, tem que dialogar com todos para poder se manter e atuar.”
A tarde ocorreram as apresentações de projetos do Programa de Extensão Acadêmica de Fortalecimento da Agricultura Familiar da PROEXT, o Mais Mercado, sob coordenação dos professores Philippe Sablayrolles e Eliene dos Anjos, o Mulheres de Fibra, sob coordenação dos professores Ana Paula Diório e Flávia Silva e o Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial - NEDET, sob coordenação dos professores Tatiana Velloso, Daciane Oliveira, Raul Lomanto e Philippe Sablayrolles, com apresentação do Núcleo Quilombola, sob coordenação de Ananias Viana.
No último dia do evento, os representantes dos colegiados territoriais discutiram as políticas públicas de comercialização de produtos da Agricultura Familiar. A Pró-Reitora de Extensão, Tatiana Velloso, apresentou as demandas da Chamada Pública em elaboração da UFRB para aquisição de produtos da Agricultura Familiar, avaliando os limites e possibilidades para atendimento das demandas institucionais pelos produtores rurais da região: “as compras públicas com a agricultura familiar refletem o compromisso da UFRB com a geração de trabalho e renda na agricultura familiar, mas principalmente a promoção do desenvolvimento local e da segurança alimentar e nutricional para a comunidade acadêmica público destes produtos .”
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