Seis docentes e 44 estudantes (matriculados em Antropologia da Educação - Curso de Pedagogia e antropologia filosófica do curso de Filosofia), visitaram o Morro de São Paulo , no município de Cairu, no baixo-sul da Bahia. Por intermédio de uma “descrição densa”, eles analisaram os lugares, não-lugares e outro lugares presentes no cotidiano do arquipélago Morro de São Paulo. Para cumprir tal objetivo, os docentes e discentes observaram o espaço sócio-cultural sob a perspectiva dos nativos, turistas, agentes públicos e comerciantes.

As discussões teóricas sobre os não-lugares ( Marc Augé), História do Morro de São Paulo ( Moutinho e Guerra Filho), as transformações da intimidade ( Giddens) e a relação entre educação e patrimônio ( Graça Dias) deram suporte ao exercício do olhar antropológico.

Dentre as descobertas desta atividade de campo foram evidenciados: a percepção dos aspectos glocalizados ( cultura global e local); os dispositivos disciplinares ( fortificação histórica, as representações sociais dos estilos de vida passadosencontrados na arquitetura das fortificações, da fonte grande e da igreja local, os trabalhadores do Morro, a expulsão para zonas interiores da ilha dos moradores das ocupações urbanas próximas às praias - principalmente trabalhadores dos serviços - e as perspectivas dos sujeitos do lugar: comerciantes, trabalhadores braçais, turistas, em sua maioria jovens estrangeiros descolados e os agentes públicos.

A atividade campo será subsídio para a construção de um artigo em que os docentes e estudante envolvidos discutirão suas percepções densas sobre este importante espaço cultural do nosso estado.

Este evento faz parte das atividades dos Componentes Curriculares: Antropologia da Educação, do curso de Pedagogia e Antropologia Filosófica, do curso de Filosofia, ambos, do Centro de Formação de Professores da UFRB, estando sob a responsabilidade do Prof. Luis Flávio Godinho (CFP-UFRB).

Veja a história em quadrinhos produzida com fotografias da viagem.