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Pesquisadores da UFRB transformam TVs piratas apreendidas em minicomputadores

05/04/23 09:04 , 05/04/23 09:04 | 938
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A Receita Federal apreende milhares de mercadorias anualmente. Dessas apreensões, alguns materiais são destinados à destruição. Por exemplo, segundo o órgão, em 2020 foram destruídos oito mil toneladas de produtos piratas. Visando encontrar um destino mais sustentável para esses equipamentos, a Receita Federal, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Campus Feira de Santana, e outras universidades brasileiras, colocaram em ação um projeto que transforma os aparelhos de TV Box captados pela receita em minicomputadores para doação aos estudantes de instituições públicas.

Segundo a professora Raissa Tavares, coordenadora do projeto na UFRB, a proposta tem três eixos de execução: descaracterização, robôs assistivos e educacionais e data logger. “A descaracterização se dá pela remoção do software que dá acesso ilegal aos satélites e bloqueia o aparelho para que ele não possa ser TV pirata. O segundo ponto diz que o elemento que compõe o robô deverá ser de baixa complexidade e de baixo custo. No último eixo, nomeado de data logger, podem ser instalados programas para realização de coleta de dados. Neste processo de implementação, serão realizados testes de usabilidade e capacidade de armazenamento”, explica.

Com a realização do projeto, a coordenadora estima que muitos alunos serão beneficiados com os minicomputadores advindos de diversos aparelhos que seriam destruídos. “Em Feira de Santana, estima-se que poderão ser potencialmente favorecidos, com a destinação dos minicomputadores, mais de 46 mil alunos de escolas públicas, matriculados nos anos finais e no ensino médio. Essa é uma demanda de forte relevância social, em função da grande necessidade de computadores nas redes de ensino público e a possibilidade de proporcionar o acesso dos estudantes à tecnologia”. 

O projeto, que está em desenvolvimento, conta com um grupo nacional formado por diversas instituições públicas e privadas. Na Bahia, tem a participação da UFRB, por meio do Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS). “Os equipamentos já foram descaracterizados e transformados em minicomputadores com a instalação do sistema operacional Linux. Agora, foi dado início ao desenvolvimento dos eixos robôs assistivos e educacionais e data logger”, diz. Além de Raissa Tavares, o time da UFRB é composto pelos pesquisadores Djoille Denner, Iuri Santos, João Luiz Carneiro, Leandro Brito, Nilmar de Souza, e o graduando em Engenharia, Pedro Guilherme Cerqueira.

Com informações da Ascom/Secti.

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