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UFRB integra ações de restauração propostas pela ONU no Brasil

28/12/21 14:22 , 07/01/22 14:42 | 2181
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O Laboratório de Ecologia Vegetal e Restauração Ecológica (LEVRE), da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), desenvolve o projeto de extensão "Talhão Memória”, de conservação e restauração da Mata Atlântica, integrando atividade no âmbito da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas 2021-2030, lançado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O projeto da UFRB é um dos escolhidos para a campanha digital “Histórias Restauradoras”, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em parceria com a Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE), que tem o objetivo de contar e dar visibilidade às suas histórias com a restauração de ecossistemas no Brasil.

Com as atividades acadêmicas presenciais suspensas na UFRB, em consequência da pandemia do COVID-19, o LEVRE continuou suas atividades para estimular e popularizar a restauração ecológica, em especial durante a Década da Restauração de Ecossistemas, para a rede social, Instagram, na conta "A Restauração tá ON" (@arestauracaotaon), em 2021.

O projeto Talhão Memória consiste de uma unidade demonstrativa e formativa de restauração ecológica da Mata Atlântica, de cerca de um hectare implantada na Fazenda Experimental do CCAAB (Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas), Campus Cruz das Almas. Esta área modelo de restauração tem cerca de 800 árvores de 40 espécies nativas da Mata Atlântica.  

“Suas principais finalidades são formar e informar a todos os interessados, em especial pequenos agricultores e jovens, sobre o que é e como podemos fazer restauração ecológica de baixo custo. Durante as visitas são discutidas as principais técnicas e os benefícios da Restauração de Ecossistemas”, explica a coordenadora do projeto, professora Alessandra Nasser Caiafa.

Com as visitas de pequenos produtores rurais, estudantes de ensino médio técnico e da própria UFRB, bem como atividades práticas, acontece a conscientização das comunidades de que é possível aliar culturas produtivas gerando renda e ao mesmo tempo ajudando na reabilitação do ecossistema.

Alessandra Caiafa considera que “frear o avanço da perda de ecossistemas naturais, por meio do estabelecimento de áreas protegidas, é uma prática das mais eficientes que podemos estimular na Década da Restauração dos Ecossistemas, pois até mesmo para restaurar é preciso se embasar nos ecossistemas de referência.”

O projeto de extensão tem quase 10 anos de atividades desenvolvidas e envolveu, durante esse período, estudantes dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Biologia, Engenharia Florestal, Agroecologia e Agronomia; apoio dos servidores e terceirizados da Fazenda Experimental que auxilia na manutenção (tratos culturais) da área em restauração; e de doações de mudas do Grupo Ambientalista da Bahia (GAMBÁ); Organização para Conservação da Terra (OCT) e Danco - Comércio e Indústria de Fumos.

Década da Restauração

Em Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), ocorrida em março de 2019, foi aprovada resolução que declarou o período de 2021 a 2030, como “A Década da Restauração de Ecossistemas”, iniciativa integrada por cerca de 70 países, como reforço a vários programas internacionais em prol da revegetação das áreas naturais como: O desafio de Bonn, O acordo de Paris e a Iniciativa 20x20 que tem em conjunto uma meta de até o ano de 2030, restaurar 350 milhões hectares de ecossistemas degradados, objetivando, dentre outras questões, a desaceleração dos efeitos das mudanças climáticas.

No Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho), em evento virtual global, o PNUMA e a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), que coordenam as ações, fizeram o lançamento oficial do programa que visa reunir apoio político, pesquisa científica e financiamento para ampliar maciçamente a restauração de ecossistemas degradados.

Mais sobre as atividades no perfil do Instagram de @levre07 e @unep_pt.

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