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Evento

UFRB realiza seminário sobre empreendedorismo social e sustentabilidade

24/11/17 14:17 , 24/11/17 14:17 | 1682
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A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), por meio do seu Centro de Ciência e Tecnologia em Energia e Sustentabilidade (CETENS), promoveu na manhã desta quinta-feira, dia 23, em Feira de Santana, o I Seminário de Empreendedorismo Social e Sustentabilidade. O evento contou com o apoio do Programa Feira Empreende e fez parte da programação da Semana Global de Empreendedorismo 2017, que acontece de 20 a 26 de novembro, no Serviço Social da Indústria (SESI).

A abertura do Seminário contou com a participação da diretora do CETENS, professora Susana Couto Pimentel, do coordenador do Programa Feira Empreende e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), João Baptista Ferreira, e do secretário de Desenvolvimento Econômico de Feira de Santana, Antônio Carlos Borges Júnior.

O secretário falou da alegria de lançar, já na abertura da Semana Global de Empreendedorismo 2017, o Plano de Desenvolvimento Estratégico e Desenvolvimento Econômico de Feira de Santana, através do Projeto Feira 2030, e convidou técnicos, professores e discentes da UFRB a colaborarem com as ações, em especial aquelas voltadas para a temática energia. “É importante ouvirmos vocês para juntos definirmos os horizontes da cidade e o nosso caminhar para o futuro”, disse Borges Júnior.

Em sua fala, o vice-presidente da FIEB destacou o Feira Empreende como uma oportunidade para promover uma mudança na cidade de forma coletiva. Criado em 2015, o programa tem o objetivo de potencializar novos negócios, a partir de estratégias instituições integradas. Nesse sentido, João Baptista defendeu que “nem sempre é preciso fazer uma revolução de sangue para mudar as coisas, mas, sim, uma revolução de ideias” e lembrou aos jovens que estão se preparando para propor essas mudanças, que “o futuro é hoje”.

A diretora Susana Pimentel ressaltou a satisfação da UFRB em participar pela primeira vez deste movimento em Feira de Santana. “Entendemos o potencial desta cidade, enquanto cidade universitária, e da nossa responsabilidade como instituição de ensino superior em pensar temas que são caros e importantes para o seu desenvolvimento sustentável”, disse. Encerrando os discursos da abertura, ela deu as boas-vindas aos participantes do Seminário e agradeceu a contribuição dos palestrantes.

Tecnologias Assistivas

O primeiro palestrante foi o professor Teófilo Galvão Filho, pesquisador da área de Tecnologia Assistiva há 24 anos e responsável pela comissão de elaboração do projeto pedagógico do curso de Engenharia de Tecnologia Assistiva e Acessibilidade da UFRB. Galvão Filho falou sobre a “Formação em Tecnologia Assistiva: Empreendedorismo de Impacto Social”. Ele iniciou sua explanação com uma apresentação da área e sua relação com o empreendedorismo e o impacto social.

De acordo com o professor, trata-se de uma área nova de trabalho, de pesquisa e de sistematização de conhecimentos de caráter interdisciplinar. “A função das Tecnologias Asssitivas não é curar as pessoas com deficiência e sim possibilitar uma maior participação e inserção social. Em outras palavras, busca a equiparação de oportunidades. Elas permitem que as pessoas com algum tipo de limitação tenham acesso as mesmas possibilidades que todos”, destacou Galvão Filho. Segundo os dados apresentados por ele, esse público é quase um ¼ da população brasileira, mas, em sua opinião, ainda com certo grau de invisibilidade.

Para Galvão Filho, o mundo tem vivido um momento privilegiado de tomada de consciência em relação a diversos segmentos da sociedade que foram historicamente excluídos. Isso tem gerado inovações, novos empreendimentos e políticas públicas estruturantes com vistas à autonomia e qualidade de vida de idosos e pessoas com deficiência. “Mas se fica só na consciência, a prática não muda, é preciso meios concretos para buscar a efetivação dessas possibilidades de atuação no dia a dia”, disse.

Um dos problemas apontados pelo pesquisador é a ausência de profissionais com formação específica nessa área. Em sua opinião, a oferta de processos formativos não tem acompanhado o aumento das demandas. “O curso da UFRB vem preencher essa lacuna por profissionais em Tecnologias Assistivas. É o primeiro curso de graduação do Brasil nesta área, apesar de ser já ser uma tendência internacional”, destacou, anunciando uma parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), de Portugal.

Desenvolvimento Industrial

Na segunda palestra da manhã, o professor Carlos Alberto Tosta, engenheiro mecânico com carreira de 30 anos em indústrias nacionais e multinacionais, falou sobre “O Desenvolvimento Industrial da Bahia Através da Educação e da Sustentabilidade: Cenários Recôncavo e Feira de Santana”. Para Tosta, nos dias de hoje, não há mais espaço para empresas predadoras, que privilegiam apenas o lucro, assim como também não há mais espaço para consumidores predadores. “Não podemos mais consumir qualquer coisa, de qualquer jeito”, disse.

Em sua proposta para a região, Tosta afirmou que é preciso iniciar um processo de atração de investidores, com princípios alinhados com aspectos de sustentabilidade, compromisso com a mão-de-obra local e dispostos a lucrar de forma saudável. Destacando o potencial de Feira de Santana e do Recôncavo, ele apresentou o modelo dos Condomínios Industriais Tecnológicos como uma nova dimensão da competitividade empresarial. “Hoje, empresas do mesmo setor podem dividir custos de maneira otimizada. O que antes pareceria impossível passa a ser uma oportunidade”, afirmou.

De acordo com o engenheiro, o modelo já é usado em outras regiões do País, gerando empregos e garantindo uma maior qualidade, segurança e cuidado com o meio ambiente. O debate sobre a proposta seguiu com a participação do público presente no Seminário.

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