A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) realizou na última segunda-feira, dia 09, no município de Cruz das Almas, a aula inaugural do curso de Tecnologia em Agroecologia. O curso é resultado de uma parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e movimentos sociais.
A UFRB ofertou 100 vagas destinadas a estudantes oriundos de assentamentos e de comunidades tradicionais quilombolas para o curso superior de tecnólogo em Agroecologia por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). O curso tem duração de três anos e as aulas são ministradas na Escola Família Agrícola do Sertão (Efase), no município baiano de Monte Santo.
O evento, realizado no Anfiteatro da Reitoria, contou na sua mesa de abertura com a participação do reitor Silvio Soglia; do diretor do Centro de Formação de Professores, (CFP) Clarivaldo de Sousa; dos representantes do INCRA, Victor Rodrigues e Flávia Cruz; do representante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IFbaiano), Aurélio Carvalho; o coordenador da Efase, José Francisco de Andrade, entre outras autoridades e lideranças do campo.
O reitor Silvio Soglia destacou o papel dos movimentos sociais pautando as ações da universidade. “Essa parceria que nos traz aqui hoje é fruto da luta de diversos movimentos sociais. É através destes movimentos que o nosso país consegue avançar na formulação de políticas públicas. Esse curso que estamos dando início se propõe a ter estudantes que tem identidade com o campo e o CFP e a UFRB tem essa disposição e orgulho de receber vocês nesse campus que tem um simbolismo com questões agrárias e sociais”, destacou.
O diretor do CFP, Clarivaldo Sousa; lembrou que a UFRB tem uma atenção especial com as comunidades tradicionais e com a questão agrária. “Esse é um momento especial para nós. Foram mais de cinco anos de luta para implantar esse curso. Entendemos que nossa instituição tem um papel histórico de atender eminentemente o povo do campo”, comentou.
Segundo a coordenadora do curso, professora Silvana Lima, a Educação no campo “simboliza enraizamento com a identidade agrária, compromisso com movimentos sociais, e sobretudo, o resultado de muito trabalho, de enfrentamento e de muita resistência”, disse.
Após a mesa de abertura, foi realizada a aula inaugural com o tema “Crise política, Agroecologia e Desenvolvimento Agrário do Nordeste Brasileiro”, com o professor Jonas Duarte da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).