Nesta terça-feira, dia 24 de novembro, o campus de Santo Amaro da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) sediou a abertura da programação local do IX Fórum 20 de Novembro - Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social no Recôncavo. Pelo terceiro ano consecutivo, o centro de ensino promove atividades para ressaltar a importância histórica, política e pedagógica do mês da Consciência Negra.
A mesa oficial do evento foi composta pelo reitor da UFRB, Silvio Soglia; a pró-reitora de Graduação, Rita Dias; o coordenador de Ensino e Integração Acadêmica, Cláudio Orlando; o diretor do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult), Danillo Barata e a vice-diretora do CECULT, Laura Bezerra. Na platéia, discentes, docentes e técnico-administrativos da universidade, além de representantes da comunidade santamarense.
“Para nós, é uma alegria vê que a cada ano nós conseguimos fazer desse momento do Fórum um dínamo do que defendemos diuturnamente nas nossas discussões sobre promoção da igualdade, combate ao racismo, enfrentamento das formas de discriminação”, disse a pró-reitora de Graduação, Rita Dias. Para ela, mais do que um evento pontual, o Fórum 20 de Novembro representa aquilo que a Universidade traduz em seus atos administrativos, em seu fazer cotidiano e como política institucional. “Que ao longo desses dias de evento possamos aprofundar ainda mais as nossas raízes no Recôncavo e ampliarmos os ramos do que tem sido nosso entendimento e atuação nos 10 anos de UFRB”, completou.
O coordenador de Ensino e Integração Acadêmica, Cláudio Orlando, também destacou o vínculo com os referenciais de negritude do Recôncavo como fundamentais para a constituição da UFRB e do Cecult. “Somos fruto do diálogo construído com essa comunidade, que se materializou em uma Universidade contemporânea, implicada com a cultura, o território e o saber local”, disse. “Hoje percebemos que mais do que a UFRB ser no Recôncavo, ela é do Recôncavo”, argumentou. Sobre o compromisso com as discussões trazidas a baila no dia 20 de Novembro, ele foi categórico em afirmar que este é um desafio que compete a todos na condição de estudantes, servidores e cidadãos.
Na sequência, o diretor do Cecult, Danillo Barata, aproveitou a oportunidade para anunciar a meta de incluir os Mestres e Mestras da Cultura Popular do Recôncavo como professores de componentes curriculares do Centro de Ensino. “Estamos aqui num lugar privilegiado que, com a força desse massapé, criou filhos e filhas ilustres, mas muitos não conseguem passar todo o seu conhecimento. Precisamos cada vez mais horizontalizar a educação”, defendeu. Em sua fala, ele destacou o protagonismo de negros baianos como Mario Gusmão e Manuel Faustino, que serão homenageados com seus nomes em salas de aula do Cecult.
O reitor Silvio Soglia comentou o anúncio do diretor do Cecult e garantiu apoio para oficializá-lo. Em sua opinião, a Universidade só tem a ganhar com essa troca de saberes, uma vez que o Recôncavo é rico e diverso culturalmente. Soglia fez questão de ressaltar que esta política de inclusão social prova que o Fórum não é o único espaço da UFRB para as discussões que envolvem as questões etnicorraciais e dos povos tradicionais. “No entanto, o Fórum é certamente nosso principal evento para destacar essas temáticas que precisam estar no nosso dia a dia. Não adianta sermos a Universidade mais inclusiva do país, se nossas práticas e saberes não forem considerados inclusivos”, afirmou o reitor.
Confira na íntegra a programação do Fórum no Cecult.
Veja fotos da mesa oficial de abertura: