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Projeto Serra da Jiboia reforça necessidade de criar Unidade de Conservação na área

09/10/15 14:07 , 13/01/16 15:53 | 1617

O 5º Workshop do Projeto Serra da Jiboia reuniu a equipe técnica, estagiários  e representantes das comunidades do entorno para socializar os resultados das pesquisas realizadas na área e discutir a melhor forma de proteção a esse que é o último grande remanescente de floresta nativa do recôncavo baiano. Para conservar a importante biodiversidade e os mananciais de água que existem na área, os participantes da atividade avaliaram ser importante a criação de um mosaico de Unidades de Conservação.

As discussões apontaram para uma ou mais unidades de uso mais restrito, que proteja o maciço florestal, e uma unidade de uso sustentável em seu entorno que contribua para a alocação de políticas públicas e assistência técnica para que as atividades econômicas das comunidades ao redor sejam feitas de forma integrada à conservação da Serra.

Atualmente, só há uma unidade de conservação na área, a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Guarirú, de propriedade particular e que cobre 44 hectares. Segundo o mapeamento realizado pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), há cerca de 5.600 ha de floresta contínua em excelente estado de conservação, com alguns pontos em estágio de regeneração.

Há cerca de 20 anos, atores locais mobilizam-se para criar uma unidade de conservação que proteja a área. Em 2000, o Ministério do Meio Ambiente classificou a área como de “grande importância biológica” e “ainda desconhecida” em documento sobre áreas prioritárias para conservação. Os estudos realizados agora contribuem para sanar a carência de informações e vão embasar uma proposta de mosaico de unidades de conservação a ser apresentada aos órgãos ambientais para que estes promovam a ampla discussão que pode resultar na criação das UCs.

Pesquisas apontam importância da área

Os resultados apresentados pela equipe de professores da UFRB, UEFS e outros consultores que pesquisaram fatores bióticos, abióticos e socioeconômicos confirmam que a Serra da Jiboia é palco de grande sociobiodiversidade e, por isso, tem grande interesse para conservação de espécies e de recursos naturais para as populações do entorno.

A equipe tem pesquisado desde meados de 2014 a geologia, hidrologia, uso do solo, mamíferos, invertebrados, aves da Serra e seu entorno. Alguns resultados dão um salto nos registros científicos sobre a área, o número de mamíferos identificados na área, por exemplo, passou de 35 para 77, já o de aves registrou 24 espécies endêmicas, ou seja, que até agora só foram identificadas lá e o levantamento da vegetação identificou 34 espécies ameaçadas.

Projeto Serra da Jiboia

O Projeto Serra da Jiboia, financiado pelo Funbio através do fundo TFCA, está realizando estudos socioeconômicos e ambientais na Serra da Jiboia e em seu entorno para subsidiar as discussões sobre a possível criação de uma ou mais unidades de conservação. O projeto iniciou em junho de 2014 e está sendo executado pelo Gambá, tendo como parceiro institucional a UFRB.

Fonte: Gambá.

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