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Exposição resgata acervo do antigo Imperial Instituto Agrícola da Bahia

29/11/11 11:21 , 13/01/16 15:47 | 2650

Está em cartaz no Memorial do Ensino Agrícola Superior da Bahia (MEASB), vinculado à Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), a exposição que retrata “A representação dos Laboratórios de História Natural através do acervo e fotografias do antigo Imperial Instituto Agrícola da Bahia”. Trata-se de uma iniciativa das estudantes do curso de Museologia e estagiárias do MEASB, Vera Lúcia Rocha, Camila Silva e Crislane Oliveira, com apoio das estudantes voluntárias, Sura Carmo e Idaiane de Freitas e do servidor responsável pelo setor, Alfredo Bloisi. A supervisão geral é da professora Patrícia dos Santos.

A exposição resgata parte da história dos laboratórios do Imperial Instituto Agrícola da Bahia, fundado em 1859, que abriu caminhos para o desenvolvimento da pesquisa e docência em ciências naturais no Brasil. O acervo conta com equipamentos datados da época e utilizados em experimentos de química, como balanças, microscópios e refratômetro. Estão expostas também peças taxidermizadas de anatomia veterinária, entre as quais trabalhos de empalhamento, embalsamento e osteotecnia, incluindo um esqueleto bovino de mais de 150 anos, que hoje pertencem ao Laboratório de Anatomia e Fisiologia Animal (LAFA) da UFRB.

Como parte da preservação da memória, está em exposição a ata de liberação do Imperial Instituto, assinada pelo imperador D. Pedro II. Tem ainda fotografias antigas e uma galeria reservada aos retratos dos diretores que se sucederam à frente do instituto. É possível conferir também publicações raras, como o manuscrito da “Histoire Naturalle des Dorades de la Chine”, de Louis Edme Billardon de Sauvigny e François Nicolas Martinet, datado de 1780, e dois exemplares, um livro-texto e um livro-ficha, do “Sertum Palmarum Brasiliensium”, de João Barbosa Rodrigues, primeiro diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, datados de 1902.

“Essa é a origem de tudo que temos hoje. Muito do que pesquisadores, estudantes e profissionais fazem atualmente vêm daí, da evolução dessas técnicas ao longo da história”, diz a estudante Vera Lúcia, uma das curadoras da exposição. Para o servidor Alfredo Bloisi, responsável pelo MEASB, a exposição é interessante, sobretudo, porque permite essa comparação com os laboratórios e os métodos atuais. “Antes se utilizava miniaturas para o estudo dos animais, hoje já é mais fácil fazer uma dissecação”, cita como exemplo.

A estudante Mércia Silva, que está no 7º semestre do curso de Agronomia, ficou impressionada com a preservação do acervo em visita à exposição. “É importante ver de perto para dar valor ao que temos hoje. A tecnologia evoluiu bastante, temos mais acesso aos equipamentos e eles estão bem mais precisos”, avalia. A exposição fica em cartaz até o dia 10 de dezembro no MEASB, localizado no campus da UFRB em Cruz das Almas (segunda casa depois do CETEC). O horário normal de visitação é das 9h às 12h e das 13h às 17h.

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