“Todo dia é dia de negro, no entanto, o 20 de novembro é fundamental para reflexão de ações para coibir a violência racial”. Dessa forma, o pró-reitor de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis, Ronaldo Crispim, celebrou a abertura do V Fórum Pró-Igualdade Racial e Inclusão Social do Recôncavo no campus de Santo Antônio de Jesus, na última terça-feira, 22 de novembro.
Além de Crispim, completaram a mesa de abertura o reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Paulo Gabriel Nacif; a pró-reitora de Extensão, Ana Santiago; o professor Feize Milani; e o diretor do CCS, Luiz Favero Filho. Este último iniciou sua fala relembrando a nomeação de Salvador como a capital negra da América Latina e apontou a forma desigual ao qual mulheres negras e brancas tem acesso ao sistema de saúde. Já o reitor da UFRB ressaltou ainda a data como uma forma de celebrar a própria universidade, pois, em sua opinião, ela existe para formar pessoas através do ensino, pesquisa e extensão, mas também contribui para o próprio processo civilizatório, no qual, as questões étnicos-raciais estão incluídas.
Em seguida, uma palestra com Maria Inês Barbosa da Organização Mundial de Saúde e Humberto Brow da Universidade de Nova Iorque foi realizada. Especializados em saúde coletiva, os dois discursaram sobre as relações de poder e a visão histórica de exclusão do negro. “Mais do que combater, temos que desconstruir o racismo”, observa Barbosa. Brown ainda enfatiza um aspecto desolador: “não há um país da América que reproduza a igualdade étnico-racial”.
No entanto, uma visão otimista foi apontada durante o evento. O aprendizado em relação ao passado é essencial para a promoção da igualdade, segundo Barbosa. Ronaldo Crispim ainda afirma: “com diálogo nós podemos fazer com que a sociedade brasileira e do recôncavo avance na questão racial”.
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