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Últimos dias para conferir a 10ª Bienal do Recôncavo

05/04/11 09:58 , 13/01/16 15:44 | 1433

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22/03/2011 - Jornal Tribuna da Bahia

A 10ª Bienal do Recôncavo - maior e mais significativo evento das artes visuais no Norte-Nordeste – encerra-se no próximo dia 27 de março, domingo, promovendo diversos eventos gratuitos para o público, além da visitação às obras selecionadas e premiadas no Centro Cultural Dannemann, em São Felix.

Nesta quinta-feira, dia 24 de março, às 20h30, haverá palestra da professora Lúcia Queiroz, da Universidade Federal do Recôncavo, sobre o tema “Desenvolvimento Sustentável em Comunidades: Desafios e Possibilidades”. A entrada é franca. 

Na sexta-feira, dia 25 de março, também às 20h30 e com entrada gratuita, o professor e pesquisador Antonio Liberac (UFRB) falará sobre  “A Capoeira e a Iconografia: Um Estudo sobre a História da Cultura Popular”.

E no dia 26, sábado, o tema em questão será “Reflexões sobre uma Arqueologia da Escravidão Antiga”, com o professor Fábio Duarte Joly. Neste mesmo dia, a programação será encerrada com o show musical “Escola Pública”, reunindo dez músicos, sob direção de Pedro Patrocínio e Breno Tsokas.  No dia 27, domingo, haverá o encerramento da bienal, que foi aberta em novembro de 2010 e em quatro meses bateu recorde de visitação.

Estão à mostra no Centro Dannemann os cerca de 200 projetos selecionados para esta edição, entre os quais as obras premiadas pelo júri, nas mais diferentes linguagens: da pintura à escultura, passando por fotografia, instalação, vídeo e outras poéticas.

Em destaque, a grande obra vencedora, de autoria do artista plástico baiano Pedro Marighela, que conquistou como prêmio uma viagem à Europa acompanhado de um curso na sua área de atuação artística. A Bienal poderá ser visitada diariamente, das 9h às 12h e das 14h às 17h.

Evento maduro

A Bienal do Recôncavo, em suas dez edições até agora, conquistou o reconhecimento público ao revelar talentos importantes das artistas plásticas regionais e incentivar a qualidade artística.

Um dos destaques do evento ao longo do tempo foi o artista plástico Marepe, premiado na primeira edição e hoje um nome reconhecido internacionalmente, com passagem pela importante Bienal de Veneza. Outro destaque é o artista plástico Joaozito, vencedor da segunda edição do evento e hoje artista plástico e cenógrafo conceituado nacionalmente. 

Os 200 trabalhos selecionados nesta edição apontam para a diversidade de estilos e tendências artísticas. Como observaram por unanimidade os membros da comissão, o julgamento foi trabalhoso, complexo, porém compensador: “Tivemos um número considerável de trabalhos de bom nível nas mais diferentes áreas e linguagens”, avalia o videoartista Danilo Barata, que integrou a comissão.

Por sua vez, Raul Córdola, que vem acompanhando a produção baiana desde que foi convidado para implantar o Salão de Artes do Museu de Arte Moderna da Bahia, considera “excelente” o nível dos trabalhos concorrentes nesta edição.

A seu ver, isso reflete não apenas a contemporaneidade perseguida pelos artistas, estimulados pelo processo de globalização, como a eficiência das políticas públicas do estado da Bahia nesta área.

Já o professor italiano Antonio D’Avossa, que vai acompanhar o artista vencedor na Europa, destaca especialmente o processo de continuidade que caracteriza a Bienal do Recôncavo.

“A continuidade é o aspecto fundamental de cada manifestação artística e cultural. Somente ela assegura e associa o projeto a um tempo, modificando-o e dando-lhe credibilidade. Por este motivo, a Bienal do Recôncavo é testemunha de um som contínuo, que não é monótono e está em harmonia com o território.

Ela é também identidade e organização que, juntando-se com a participação, é um verdadeiro sinal de uma democracia direta, a verdadeira forma do pensamento de uma criatividade difusa, de uma plástica social entendida como construção de uma forma de transformação do tecido social, e mais, como aprimoramento da forma do pensamento.”

Por sua vez, o diretor do Centro Cultural Dannemann e organizador da Bienal, Pedro Archanjo, ressalta que o evento tem se caracterizado pelo que ele chama de “poéticas visuais”. Segundo diz, a Bienal “assumiu a pluralidade estética como essência de sua narrativa, reunindo pinturas, gravuras, esculturas, instalações, objetos e videos-arte, em um mesmo espaço, por acreditar que a contemporaneidade dialoga com muitas e infinitas poéticas, não apenas com a arte conceitual”.

Já o presidente da Dannemann na Bahia, Hans Leusen, lembra que ao longo dessas dez edições a Bienal do Recôncavo exerceu grande influência nas artes da Bahia, consolidando-se como a maior expressão artística do Recôncavo, o que muito se deve, a seu ver, ao fato de o evento ter procurado acompanhar as tendências criadas pelas grandes transformações ocorridas no mundo.

“Os vencedores das Bienais anteriores como Marepe, Joãozito, Marcondes, Iêda, Suzart, Nen, Rosângela, Ângela Bonfante e Zé de Rocha são exemplos claros de que estamos caminhando na direção certa, pois proporcionamos aos artistas um mundo de possibilidades e a oportunidade de divulgação de suas obras com excelentes resultados.”, afirma.

 

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