A Andifes encaminhou ao ministro da Educação, Fernando Haddad, e ao secretário da Educação Superior, Ronaldo Mota, documento com propostas de normas de implementação ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). As sugestões foram discutidas durante a LXIVª reunião ordinária do Conselho Pleno da Associação, realizada no dia 08 de agosto.
A partir da apresentação das idéias básicas do Programa, em março deste ano, a Andifes criou um grupo de trabalho envolvendo reitores e pró-reitores para analisar com profundidade a proposta e subsidiar as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Várias reuniões foram realizadas com o secretário Ronaldo Mota, os dirigentes participaram do 1º Seminário Nacional do Reuni, promovido pelo MEC, e a Andifes organizou um seminário interno para debater o tema.
No documento, a Andifes reafirma seu apoio ao Decreto nº 6.096/2007, que institui o Reuni e o considera uma iniciativa para a consolidação do sistema federal de ensino superior. A consolidação desse sistema passa pela sua expansão, com aprimoramento contínuo da qualidade, e pela busca constante da pertinência social das IFES em suas atividades de ensino, de pesquisa e de extensão.
Entre as propostas apresentadas estão: instituir um "fator de expansão" a ser aplicado no art 3º, § 1º do Decreto para adequar o programa às IFES menores; incluir os CEFET/RJ, CEFET/MG, CEFET/MA e CEFET/BA no programa; e instituir um Grupo de Trabalho no âmbito do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação para analisar e rever a legislação acadêmica a fim de adequa-la às diretrizes do Reuni.
A Andifes ressaltou que o cronograma de recebimento e análise dos projetos apresentados pelas IFES, para início da implantação no primeiro semestre de 2008, deve respeitar a dinâmica das instituições, garantindo oportunidades iguais, tanto àquelas que já se encontram em estágio final de aprovação, quanto àquelas ainda em início de discussão. Dessa forma, a Associação propôs que o recebimento dos projetos por parte do MEC ocorra em duas datas: 15 de outubro e 15 de dezembro de 2007.
A Andifes solicitará audiência ao ministro da Educação e ao secretário da Educação Superior para continuar debatendo a implantação do Reuni.
A ASCOM UFRB abriu um link do Reuni pra você acompanhar tudo sobre essa Reestruturação e Expansão das Universidades Federais. No link estão as diretrizes e como as universidades federais podem participar da reestruturação.
O Reitor da UFRB, Paulo Gabriel Nacif, a Pró-reitora de Ensino e Registro Acadêmico, Dinalva Melo e o Diretor do CCS, Luiz Favero, estiveram no 1º Seminário Nacional do Reuni.
O Professor Luiz Favero considera o Reuni bastante pertinente. Para ele os objetivos de ampliar o acesso e a permanência na educação superior eram necessários há anos. Ele afirma ainda que o Reuni traz à luz do debate a necessidade de revisão do modelo acadêmico em voga na maioria das Universidades Federais.
A Professora e Pró-reitora Dinalva Melo ficou entusiasmada com o Reuni. Para ela a reunião foi muito proveitosa especialmente porque 'finalmente vamos ter o ensino de graduação na pauta das preocupações das universidades, com possibilidade de financiamento de projetos para sua expansão' afirmou.
Ela analisa que o Reuni permite o enfrentamento de algumas questões estratégicas para a universidade: evasão de alunos, baixa taxa de sucesso ( graduados x formados), relação quantitativa professor x aluno, formação pedagógica dos professores, compromisso social da Universidade.
Mas Professora Dinalva acredita que o Reuni também pressiona a universidade a responder às demandas sociais e mais que isto, viabiliza, com o aumento de vagas e redução do insucesso dos alunos, a superação de um índice preocupante: atualmente as universidades públicas respondem pelo atendimento de apenas 1,5% dos alunos do ensino superior brasileiro.'Isto significa que se não ampliarmos o atendimento, em breve não teremos voz e não representaremos nada na formação dos jovens do país' sintetiza.
A Universidade que aderir ao Reuni terá um incremento de 20% em seu orçamento e ao final do programa os valores que financiaram os projetos serão incorporados ao orçamento da IES em definitivo.
Qual o preço de tudo isto? Professora Dinalva não tem dúvidas: 'elevarmos de aproximadamente 50% para 90% o percentual de alunos que ingressam e que se formam e aumentar a relação professor aluno que hoje beira os 10 pra 1 para 18 para 1. A chiadeira vai começar porque precisamos ser eficientes', finaliza a educadora.
Professor Paulo Gabriel Nacif acredita que é importante a UFRB ingressar no Reuni, mas ele pede a todos os professores que leiam e conheçam a proposta, para que possam interagir nessa reestruturação universitária.